domingo, 23 de setembro de 2012

Prova ATRFB

Acabo de chegar da prova de Analista Tributário da Receita Federal, na qual trabalhei como fiscal. Afortunadamente fui contemplada com uma escola de arquitetura antiga, cuja beleza me chamou a atenção assim que a adentrei. O prédio de apenas 3 andares remetia às casas antigas de coronéis e/ou senhores de engenho. As escadas eram contornadas por pomposos corrimões de madeira. As salas de aula tinham pé direito duplo, ou seja, eram altíssimas, o que deixava o ambiente arejado. As janelas de madeira de aproximadamente 2,5 metros ficavam sob cortinas em tecido pesado, porém que não as cobriam por inteiro. Estas estavam amarradas ao meio. A grande vazão de raios solares iluminava toda a classe, refletindo a luz nas carteiras e no chão de madeira que nem era tão antigo assim, mas harmonizava perfeitamente com ambiente. Através das janelas podia-se ver as árvores que ambientavam o pátio lá embaixo. Eram frondosas e imensamente habitadas por pássaros de toda sorte, do qual meu pouco conhecimento só permitia reconhecer o Bem-te-vi. A natureza é bem mais bela numa manhã de sol, não é mesmo? Ao cair da tarde, calaram-se os pássaros e as folhas das árvores começaram a farfalhar nervosamente. Não se sabia se elas resistiam ao vento ou se estavam apenas dançando.

Mas agora vamos às provas, né?
Como eu sempre digo e repito, foram 30% os faltantes. Dos presentes, 25, no caso, presumo que somente 3 estudaram para valer. Na primeira prova o pessoal até que tentou ler. Na segunda, quando eles se depararam com 60 questões de Legislação Tributária e Aduaneira, Direito Tributário e Contabilidade, saíram marcando X à grosso modo. Com a minha experiência em concursos, NÃO QUE SEJA REGRA, mas é só bater o olho no cara que tá fazendo prova e saber se ele estudou, dessa maneira:

1) O cara que estudou nem se mexe;
2) O cara que não estudou tem bicho carpinteiro.

Gente, não é fácil fazer uma prova de 8h30, mesmo que dividida em duas. A ESAF acaba com qualquer ser humano. Eu que nem fiz a prova estou quebrada ao cubo. Tá pensando que não é cansativo ficar 8h30 PARADA sem mexer no celular, sem sentar (ok, eu sentei um pouco, sou mentirosa, kkkk)?

Só sei que muita gente vai ser desclassificada a rodo.

P.s.: Sobre o começo do meu post: Hoje eu acordei meio Hermann Hesse. Pretensiosa?? Magina!!!

3 comentários:

  1. Gostei da sua maneira poética de ver e descrever as coisas, é muito bom saber que existem pessoas que admiram todo o contexto em sua volta, e transmite de forma que convida o leitor a se imaginar no local que se descreve. As vezes passamos rápidos demais pela vida, que esquecemos de observar as pequenas poesias que nos são dadas a cada dia....

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    1. Obrigada!!! Às vezes me pego observando coisas que ninguém vê. Queria poder saber descreve-las melhor.

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    2. Então leia livros de autores que descrevem as coisas com maestria, por exemplo, Kafka, Joyce, etc.

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