Outro dia vi uma espécie de estudo em que uma pessoa de um determinado instituto descia o cacete no funcionalismo público. Entre seus argumentos estavam o de que não se pode exigir muito de alguém que não pode ser mandado embora, pois não vai se esforçar sabendo que o lugar está garantido e que o critério de seleção não é capaz de avaliar capacidade e outras groselhas que não merecem muita atenção.
Hoje eu fui em dois bancos para resolver dois assuntos. Um deles era a Caixa Econômica, banco público com mais de 100 anos e que usa o concurso como critério de seleção. Enquanto eu esperava a minha senha aparecer no visor, fiquei reparando nos caixas. Alguns jovens, outros visivelmente com mais de 40 ou 50 anos. Fui atendida e segui para o outro banco. O outro era um banco privado. Olhei os caixas para comparar e todos eram jovens, acho que não passavam dos 30.
Quando fiz esse comparativo, na hora me lembrei da publicação daquele cara que falava que só havia desvantagem no funcionalismo público. Pensei que se não fosse o emprego público, que é, na minha opinião, o método mais democrático de admissão, aquelas pessoas que estavam no caixa da Caixa, talvez não tivessem a possibilidade de estar no mercado de trabalho. Essas pessoas, além de exercerem suas funções, como eu pude atestar, já que fui atendida, também fazem rodar a economia. Se o crítico acha que o funcionário está mamando nas tetas do governo, saiba ele, que existe um mecanismo que funciona muito bem. Existe a empregabilidade até os 70 anos e o recebimento mediante trabalho, diferente do bolsa-família. Além do que, o dinheiro que o funcionário recebe, volta ao mercado para girar a economia.
Sinceramente, não sei que falta do que estudar é essa. Não vejo necessidade de reformas no sistema público. Muito pelo contrário, tenho receio de que mude. Já pensou se o método de aprovação fica a cargo das famosas perguntas "Cite uma qualidade", "Cite um defeito", "Se você fosse um animal, qual seria?". Achar que perguntar que tipo de animal você gostaria de ser é mais válido que uma prova que testa capacidade é simplesmente ridículo.
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